A jornalista e apresentadora Daniela Carla, do programa Em Movimento, da TV Gazeta/Rede Globo, usou suas redes sociais para relatar as agressões que sofreu enquanto assistia ao desfile das escolas de samba no Sambão do Povo. Em um desabafo emocionante e indignado, ela contou detalhes do ocorrido, rechaçou versões falsas e afirmou que as agressoras responderão criminalmente.

"Eu queria estar descansando, mas preciso falar"

Daniela começou o relato deixando claro que não gostaria de estar falando sobre o assunto, mas reconheceu a importância de se pronunciar.

"Então, gente, eu queria muito estar só curtindo minhas férias, descansando, aproveitando esse lugar incrível aqui com meu namorado. Mas, enfim, eu acho que tem muita gente aí que está esperando que eu fale alguma coisa sobre o que aconteceu. E eu respeito muito essas pessoas."

A jornalista agradeceu as mensagens de apoio que vem recebendo desde o episódio.

"Eu vi que muita gente passou a me seguir depois disso, como uma forma de apoio. Então, eu agradeço muito a vocês que passaram a me seguir, que já me seguiam, que estão mandando mensagem de apoio, de carinho para mim e para minha filha."

"Não vou expor ainda mais essa violência"

Daniela fez questão de dizer que não compartilhará novamente as imagens do ataque.

"Eu não vou repostar aqui os vídeos das agressões. Eu não vou porque está fazendo mal para mim e para minha filha também ficar vendo esses vídeos. Eu sei que vocês já viram em vários lugares, então não precisa de eu ficar colocando aqui de novo essa imagem que está me machucando cada vez que eu vejo."

A violência ocorreu em um espaço público, com diversas testemunhas, e as agressoras chegaram a ser levadas para a delegacia.

"Elas passaram algumas horas detidas na delegacia, foram autuadas da forma que a polícia civil entendeu que era justa. Claro que a que me deu um soco na cara cometeu um crime mais grave do que as outras, mas, enfim, foram liberadas. Mas vão responder criminalmente por isso."

"Isso não vai ficar impune"

Em um dos momentos mais impactantes do desabafo, Daniela deixou claro que tomará todas as medidas legais necessárias para que as agressoras sejam responsabilizadas.

"Isso tudo será cobrado. Vai doer no bolso. Não importa se a justiça demorar, se vai durar um ano, o tempo que for, isso será cobrado."

A jornalista também falou sobre o impacto emocional que o episódio teve em sua vida.

"Por terem me agredido na frente de várias pessoas, por terem me humilhado, por terem me feito passar vergonha, por terem acabado com a minha noite de sábado, por terem me deixado traumatizada e a minha filha também. Isso não pode ficar assim."

"Não existe desculpa para agressão"

Daniela revelou que uma das agressoras tentou se desculpar para evitar a denúncia.

"Depois que os seguranças trouxeram essas mulheres, um deles falou assim: ‘Olha, sobre a que me deu um soco, né? Ela está dizendo, ela está querendo saber se ela te pediu desculpa, se você desiste de chamar a polícia’."

A resposta da jornalista foi firme e sem hesitação.

"Eu falei: ‘Moço, essa mulher não derrubou bebida em mim para eu aceitar um pedido de desculpa. Ela me deu um soco na minha cara. Ela puxou meu cabelo. Não tem pedido de desculpa para isso, sabe? Polícia. Isso é caso de polícia. E foi o que eu fiz. Fiz o certo que deveria ser feito’."

Além disso, Daniela garantiu que tem testemunhas que presenciaram a agressão e que comprovarão a veracidade dos fatos.

"Além das inúmeras testemunhas que eu tenho da agressão, eu também tenho testemunhas de que elas tentaram me pedir desculpa depois."

As versões falsas das agressoras

Após o episódio, algumas versões distorcidas surgiram, incluindo a alegação de que a filha de Daniela teria jogado um copo contra as agressoras. A jornalista fez questão de desmentir essa informação.

"As agressoras chegaram a dizer depois, para se defender, que minha filha tinha jogado um copo contra elas. Quem estava lá viu que não houve nada disso. Um dos vídeos mostra a minha filha depois, tentando jogar a bebida do copo dela em uma delas. Tentou jogar a bebida. O vídeo mostra que o copo não saiu da mão da minha filha em momento algum. Tentou jogar a bebida, mas nem isso ela conseguiu, porque a distância era grande."

Daniela reforçou que sua filha sequer tocou nas mulheres.

"Minha filha nem chegou perto delas, a minha filha nem encostou nessas mulheres. E eu, que por infortúnio fui encostada, porque fui empurrada, não as agredi."

"Fomos vítimas de um crime"

Daniela Carla enfatizou que não se trata apenas de uma briga, mas de um crime que precisa ser tratado com seriedade.

"Na maioria das vezes, eu acho que é melhor deixar que pensem o que quiserem pensar, mas especificamente neste caso, por se tratar de um crime, que eu e minha filha fomos vítimas de um crime, eu não posso deixar que pensem o que quiserem, sabe?"

Ela também se revoltou com o motivo absurdo que desencadeou a agressão.

"Tudo começou por causa de um espaço na grade. A grade que divide o camarote da pista onde as escolas passam. A gente queria muito fazer vídeo de um amigo da minha filha que ia desfilar na MUG. Estava muito cheio. Essas três pessoas que estavam na grade... eu nem tinha reparado na presença delas antes. Eu tinha nem visto que elas estavam ali."

Daniela finalizou reafirmando sua busca por justiça.

"O que eu mais quis na hora foi sair dali. Mas eu não posso deixar isso impune. Isso será cobrado."

Onda de apoio e solidariedade

Desde que tornou pública a agressão, Daniela Carla tem recebido apoio massivo de seus seguidores e colegas de profissão.

"Muito obrigada a todo mundo que mandou mensagem, que está me apoiando. Eu agradeço imensamente. Saber que tanta gente está do meu lado é um acalanto para o meu coração."

O caso segue em investigação, e Daniela reforçou que não descansará até que as agressoras sejam punidas. A repercussão do episódio reforça a importância da denúncia e da luta contra a violência.