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Serra,20/02/2025

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Estelionato eleitoral? Concursados da Serra entram na fila da espera enquanto prefeitura incha quadro de temporários

Weverson Meireles prometeu nomeação imediata, mas prefere contratos precários que aumentam a cada dia

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Estelionato eleitoral? Concursados da Serra entram na fila da espera enquanto prefeitura incha quadro de temporários Entrevista

A realidade na Serra é dura para os professores aprovados no concurso público de 2024. Enquanto aguardam ansiosos pela nomeação prometida pelo prefeito Weverson Meireles ainda na campanha, veem a prefeitura contratar professores temporários todos os dias.

O número de temporários cresce sem transparência, enquanto a nomeação dos concursados ocorre a conta-gotas, sem um calendário claro, sem justificativas e, principalmente, sem qualquer respeito ao compromisso feito antes das eleições.

"Disseram que a nomeação aconteceria na primeira semana do governo. Agora, vemos vagas sendo preenchidas, mas por contratos temporários. Isso não faz sentido!", denuncia um dos aprovados.

Se há necessidade de professores na rede municipal, por que a prioridade não é chamar os concursados, que passaram por um rigoroso processo seletivo? A resposta pode estar na velha fórmula política: temporários são descartáveis e fáceis de controlar – basta não renovar o contrato caso o profissional não siga o jogo da gestão.

Prefeito que prometeu pressa agora pisa no freio

Durante a campanha, Weverson Meireles foi enfático:

"Na primeira semana da próxima gestão, porque o processo já está correndo, já estão aptos a serem nomeados, e é só a legislação eleitoral que não permite que seja feita a nomeação."

A legislação eleitoral realmente impedia as nomeações antes da posse, mas isso já não é desculpa. O prefeito assumiu, o prazo que ele mesmo estabeleceu já expirou e, até agora, a promessa virou um jogo de empurra-empurra sem fim.

Câmara de Vereadores assiste à farsa sem reagir

Se o Executivo falha, o Legislativo poderia intervir. Mas não é o que acontece na Serra. A Câmara de Vereadores assiste à manobra sem questionar, sem fiscalizar, sem sequer demonstrar preocupação com a transparência da gestão municipal.

Nenhum projeto para garantir a convocação dos concursados. Nenhuma investigação sobre o crescente número de temporários. Nenhuma pressão para que o prefeito cumpra o que disse.

O silêncio da Câmara é ensurdecedor.

"O prefeito faz o que quer porque sabe que os vereadores não vão questioná-lo. Parece que o Legislativo está a serviço do Executivo, e não da população", desabafa um professor aprovado.

E agora? A luta vai para a Justiça e para as ruas

Com o governo ignorando suas próprias palavras e a Câmara de Vereadores cruzando os braços, os concursados começam a reagir. Entre as medidas que podem ser tomadas estão:

  • Mandado de segurança coletivo: pode obrigar a prefeitura a acelerar as nomeações.
  • Ação no Ministério Público Estadual (MPE): pode barrar contratações temporárias injustificadas e forçar a convocação dos aprovados.
  • Denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE): pode investigar possíveis irregularidades nos contratos e na alocação dos recursos da educação.
  • Pressão popular e mobilização nas redes sociais: expor o descaso da prefeitura pode gerar impacto e acelerar o processo.

O futuro da educação na Serra: um jogo político?

O que está em jogo não é apenas o destino de centenas de professores, mas o futuro da educação pública na Serra. Se o prefeito continuar inchando a rede com temporários e ignorando os concursados, a cidade caminha para um modelo de ensino precário, sem estabilidade e à mercê de interesses políticos.

O prefeito pode até ignorar suas promessas, mas a pressão só aumenta. E desta vez, os concursados não estão dispostos a aceitar mais desculpas.

A reportagem seguirá acompanhando o caso e cobrando respostas.




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