Na noite de quinta-feira (30), um crime brutal mergulhou Vila Velha em luto e indignação. No pequeno apartamento no bairro Jabaeté, um avô abriu a porta para uma cena inimaginável: seu neto, sem vida. O menino, que deveria estar seguro dentro de casa, foi vítima daquele que mais deveria protegê-lo. O próprio pai, agora foragido, é o principal suspeito.

O desespero logo se transformou em uma onda de revolta quando, pouco depois do crime, começaram a circular na internet supostas mensagens atribuídas ao suspeito. Em uma delas, ele teria escrito:

"Fiz de tudo por você. Me humilhei, pedi uma chance e você não deu ouvidos. Agora vai sentir remorso pelo resto da vida. Nunca mais vai arrumar ninguém. Adeus."

A frase ecoou como um golpe para quem já tentava compreender a brutalidade do crime. No entanto, uma investigação do Serra News revelou que essa publicação não foi encontrada no perfil oficial do suspeito, que segue aberto. A postagem mais recente, feita em 6 de agosto de 2024, celebra o aniversário do próprio filho.

Enquanto a polícia investiga a origem dessas mensagens, o perfil do suspeito se tornou um campo de batalha. Centenas de acessos, comentários de ódio, ameaças. A dor da família, especialmente da mãe, é irreparável. Mas a justiça não pode ser feita com as próprias mãos.

Especialistas alertam para a linha tênue entre indignação e linchamento virtual. A revolta é legítima, a dor da família é devastadora, mas um crime jamais pode ser respondido com outro. Justiça precisa ser feita dentro da lei, com investigação rigorosa e punição exemplar.

O suspeito segue foragido, e qualquer informação sobre seu paradeiro pode ser decisiva. A denúncia pode ser feita de forma anônima pelo Disque 181. O silêncio não pode ser uma opção.