Ourinhos (SP) – A trajetória de Guilherme Gonçalves, de 33 anos, é mais do que inspiradora; é uma lição de vida e um exemplo para toda a classe política nacional. Ele, que começou como catador de lixo e trabalhador rural, agora ocupa o cargo de prefeito de Ourinhos, interior de São Paulo, e usa sua posição para fazer a diferença de maneira revolucionária.

“Estou pra servir, e não pra ser servido.” Essas palavras, ditas por Guilherme Gonçalves, traduzem sua essência como líder e sua visão de uma política voltada para o bem-estar coletivo. Sua decisão de usar o carro oficial da prefeitura para transportar moradores a consultas médicas e exames não é apenas um gesto de simplicidade, mas uma ação que rompe protocolos políticos tradicionais, tocando profundamente o coração da população e mobilizando comoção nas redes sociais.

Formado em Gestão Pública, Guilherme, que estudou em escolas públicas e atuou como coroinha por uma década, conhece as dificuldades da vida de quem batalha diariamente por oportunidades. Casado e pai de três filhos, ele carrega em sua trajetória a essência da resiliência. Sua experiência como coletor de lixo moldou sua capacidade de entender as necessidades mais urgentes das pessoas.

Ourinhos, uma cidade com cerca de 106 mil habitantes, enfrenta desafios estruturais, especialmente na saúde pública. Guilherme, porém, não tem se contentado em esperar grandes reformas ou recursos externos. Sua ação direta – colocando o carro oficial da prefeitura para o serviço comunitário – é um símbolo de como a política pode e deve ser mais próxima das pessoas.

Esse gesto singelo, mas poderoso, rompe barreiras históricas e políticas e está sendo visto como um modelo para todo o Brasil. “Política não é para ser pedestal, é pra ser ponte. E essa ponte tem que levar todos juntos”, disse ele, durante uma entrevista.

A história de Guilherme Gonçalves não é apenas a de um homem que saiu da coleta de lixo para a prefeitura de uma cidade; é a prova viva de que ética, humanidade e coragem podem transformar realidades. Ele se tornou, hoje, o exemplo de que liderança não se mede pelo cargo que se ocupa, mas pelas vidas que se toca.