Vergonhoso. Essa é a palavra que ecoa na mente de quem acompanha a situação dos professores aprovados no concurso público da Serra, que foram às ruas reivindicar uma promessa não cumprida pelo prefeito Weverson Meireles. Promessas vazias que não apenas frustram, mas também comprometem a confiança da sociedade em seus líderes.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato ocupou espaço na mídia para garantir que, caso eleito, convocaria os profissionais já no início do ano. No entanto, janeiro se foi, e até agora... nada. Não bastasse o atraso, a gestão optou por contratar professores temporários, alegando equilibrar o déficit educacional enquanto os concursados seguem à margem, à espera de um chamado que deveria ser prioridade.

E fica o questionamento: as promessas foram feitas para serem quebradas? Em um município que clama por melhorias na educação, a decisão de adiar a convocação dos concursados mostra um desalinhamento preocupante com os valores que sustentam uma administração comprometida e transparente.

É preciso refletir. O que está em jogo não é apenas o direito de profissionais aprovados legitimamente, mas o futuro de uma educação pública de qualidade. Até quando promessas eleitorais serão tratadas como palavras ao vento? Até quando a esperança de quem luta por uma sociedade melhor será usada como moeda de troca para interesses políticos?

O movimento dos professores é um lembrete poderoso: a educação é um direito, não um favor. Se queremos formar cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, não podemos aceitar o descaso com quem dedica sua vida a ensinar.

Que a cobrança das ruas sirva como um alerta. Não apenas ao prefeito, mas a todos que precisam compreender que governar é honrar compromissos, não alimentar expectativas para depois jogá-las ao chão. O verdadeiro líder é aquele que transforma palavras em ações, promessas em realizações e confiança em um legado de respeito.

Está na hora de a prefeitura da Serra corrigir esse rumo. Afinal, mais do que um cargo, educar é um compromisso com a verdade.